Prevenção de Perdas no Varejo Brasileiro e Latino Americano

O objetivo deste espaço é trazer informação e opinião sobre o desenvolvimento da Prevenção de Perdas no Varejo Brasileiro e Latino Americano.

domingo, 9 de maio de 2010

The Detail of Retail: Inventory Management and Loss Prevention with RFID

Posted On: 4/20/2010

A whole new generation of RFID tags and hardware, accompanied by lower price points, are transforming in-store and distribution center-to-store inventory processes -- and creating value in the retail merchandise life cycle. Find out how.

By Jim Caudill, Xterprise

Recently reported sales at U.S. retail stores showed a significant improvement over the same month last year. These results are better than expected at many apparel chains and department stores and likely were aided by easy comparisons to sales of last January, when the recession really took hold in retail.

Overall, leaner retail inventories meant retailers didn't have to resort to steep markdowns to clear unsold merchandise as often as in years past. But simply slimming down inventories alone isn't a sustainable solution - forward-looking apparel, specialty retailers and department stores are leveraging RFID-based store inventory management applications to drive down costs, eliminate waste and improve customer service and store security. In short, RFID is helping to improve the detail of retail.

RFID is no longer a four letter word

In the 1980s the industry ushered in the age of standards and barcodes by adopting the UPC and the use of barcodes with store POS systems to increase efficiency and accuracy. In the 1990s the retail industry eagerly adopted sophisticated planning and optimization tools for forecasting, merchandising, warehousing and distribution, and pricing functions.

The 2000s saw the advent of cross-channel integration, retail ERP platforms, online storefronts, more pricing/markdown optimization tools, and many specialized applications such as retail PLM. Yet, for all the technology investments in these areas, in-store and distribution center-to-store inventory processes have remained largely unchanged over the past two decades. Recent advances in reliability and performance of a new generation of RFID tags and hardware, combined with a much lower price point, have given rise to a class of applications that applies lean principles, RFID technology, and item-level inventory management to address this gap and create value in the retail merchandise life cycle.

Item-level RFID effectively creates a high-definition view of inventory levels for the retailer, ROI of one year or less, and other significant benefits including:

- 90% or more efficient inventory counting processes

- 7% - 15% more accurate inventory as a result of effective measurement processes

- 10% - 25% improved service levels from the distribution center because of real-time replenishment and demand-driven ordering

- 15%  - 50% reduced sales floor replenishment effort/stocking time

The business impacts include higher customer satisfaction, increased revenue, reduced labor and reduced shrink.

Loss Prevention

A key benefit to keeping a closer eye on retail inventory as it moves from the supplier or factory, through the supply chain all the way to the ultimate consumer at the point of purchase, is a marked reduction in internal and supplier theft. Published case studies from leading retailers and academics point to 90 percent-95 percent reductions in this area. This is a significant value point to a retailer as estimates suggest that close to half of all dollars lost to shrink are attributable to employees, the largest overall portion when compared to consumers, vendors or errors.

Retailers have recognized an opportunity to take significant cost out of their store infrastructures with a standardized inventory and a simplified tagging process - leveraging the same RFID item-level store solution infrastructure for EAS item-level consumer theft deterrence, detection and protection. Unlike traditional RF-based EAS solutions widely deployed today, RFID-based EAS gives apparel, specialty and other retailers visibility to theft incidents when they are occurring, but goes further by identifying exactly what was stolen and from where in the store. This invaluable information allows the retailer to quickly restock the otherwise unknown merchandise and avoid missed sales opportunities due to out-of-stocks. The fidelity of the data also gives the retailer insight into theft patterns and trends that might otherwise take weeks or months to see. Retailers also gain a tool that, when combined with close-circuit television (CCTV), becomes evidence against shoplifters, even if they are not ultimately caught until a subsequent incident.

Standards Support Adoption

A recently published standard by GS1 EPCglobal represents just how far the promise of RFID-EAS and Loss Prevention has come. This standard was developed and ratified by the members of this standards group, which includes RFID hardware and technology providers, retailers, application providers and traditional EAS market leaders Checkpoint and Tyco who now clearly accept RFID as the inevitable successor to their existing solutions and technologies. The next phase of the standards development will include updates to address tags that are embedded in products (sewn in for example), and the applications and product categories that will leverage these embedded tags that may require electronic deactivation or tag alteration.

Lean, Mean Retail

While the concept of the "lean enterprise" is not a new, retailers are helping the idea stage a comeback in the post recessionary market as RFID-enabled systems can help them get back to basics focusing on product availability, employee productivity and customer service.

Item-level RFID solutions provide many retailers the tools they need to maximize their lean operating advantage. From better inventory management and more efficient use of store employees' time, to loss prevention improvements, item-level RFID solutions are making better execution a reality at the store level enabling organizations to succeed at the detail of retail.

Jim Caudill is senior vice president, marketing & strategy, Xterprise, (www.xterprise.com).

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Cresce o índice de perdas no varejo brasileiro

quarta-feira, 14 de outubro de 2009
A crise econômica mundial, que teve início no final do ano passado, produziu reflexos no varejo brasileiro, levando-o a intensificar a atenção em soluções de prevenção de perdas. Segundo a 9ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro realizada pela Nielsen, em conjunto com a Abras - Associação Brasileira de Supermercados, o Provar - Programa de Administração de Varejo e a FIA - Fundação Instituto de Administração, divulgada pelo Provar, os investimentos em prevenção de perdas registraram 6,5% em 2008, um crescimento de 0,3% quando comparado com o ano anterior. Porém, esse investimento não foi suficiente e o índice médio de perdas no varejo cresceu de 2007 (1,99%) para 2008 (2,05%) e totalizou R$ 11,6 bilhões. "O varejista está mais consciente e tem tomado os cuidados necessários para garantir as vendas, sem sofrer prejuízo. Por outro lado, é preciso levar em conta nesta avaliação que o segundo semestre de 2008 foi um período delicado, com redução nos orçamentos e instabilidades financeiras", declara Silvio Coelho, diretor comercial da Plastrom Sensormatic, empresa especializada em soluções eletrônicas de segurança.

O índice de perdas registrado pelas 77 empresas que participaram da pesquisa foi provocado pelo furto externo (32,1%), seguido pelo furto interno (31,7%), erros administrativos (23,5%) e outros (12,6%), diferente do que ocorre nos Estados Unidos onde o furto interno lidera com 47%. Entre os produtos mais furtados estão os aparelhos celulares, gomas de mascar, fios e cabos elétricos, lâminas de barbear e tênis porque são objetos de desejo, não muito grandes, fáceis de transportar e de serem vendidos no comércio paralelo.

Devido a esse cenário, "os investimentos em segurança eletrônica tendem a aumentar ainda mais e em todos os segmentos do varejo nacional, não só em supermercados ou lojas de confecção, como era anteriormente", observa Coelho, completando: "Ao ver uma câmera de segurança ou uma antena antifurto, o furtador se inibe e, na maioria dos casos, não chega a concluir a ação. Desta forma, como possuímos soluções variadas, que atendem de pequenos a grandes varejistas de diversos segmentos, acreditamos que a nossa participação no mercado deve aumentar em 5% até o final de 2010".

De acordo com a avaliação, entre as diferentes soluções de segurança eletrônica disponíveis no mercado, o CFTV - Circuito Fechado de Televisão - é a mais usada para prevenção de perdas nas empresas (83,1%). Com esse sistema, é possível monitorar local e remotamente todo o estabelecimento, inclusive os ambientes destinados ao uso restrito dos funcionários. "

O empregador pode analisar o comportamento dos clientes e identificar suspeitos. Além disso, pode acompanhar a rotina do estabelecimento e fazer melhorias. Em ambos os casos, a solução contribui para o aumento da lucratividade", enfatiza o diretor.

Paralelamente, os varejistas têm intensificado os investimentos em proteção aos produtos de alto risco (PAR) como bebidas, DVDs, CDs, camisas de futebol, óculos, entre outros. Para estes produtos, além do CFTV, a tecnologia mais indicada é a EAS (Electronic Article Surveillance), conhecida no Brasil como Vigilância Eletrônica de Mercadoria. Ela é composta por antenas (pedestais instalados nas entradas das lojas) e etiquetas (sensores/alarmes) que são colocadas nas mercadorias. "Com isso, o varejista não precisa confinar os produtos, tem maior controle sobre o estoque e, consequentemente, mais chances de aumentar as vendas. Além disso, nossa experiência mostra a necessidade de investir em prevenção, especialmente ao proteger os PAR, pois os lojistas podem reduzir suas perdas em até 41% no geral, e em 21% ao adotar o VEM - Vigilância Eletrônica de Mercadorias, 20% com CFTV e até 7% com outras linhas de produtos", resume Coelho.

Sobre a 9ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro

A pesquisa foi realizada pela Abras - Associação Brasileira de Supermercados, o Provar - Programa de Administração de Varejo e a FIA - Fundação Instituto de Administração. No total, o estudo contou com a participação de 77 empresas de diferentes segmentos - atacado, eletroeletrônico, drogaria, material de construção, vestuário e supermercados.
Mais informações podem ser obtidas em www.provar.org

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Brasil é 7º em ranking de prejuízo com furtos no varejo

domingo, 15 de novembro de 2009

Os prejuízos causados por roubos ao comércio varejista no Brasil aumentaram 6,6% em 2009 na comparação com 2008, segundo levantamento global do Centro de Pesquisas do Varejo, na Grã-Bretanha. O país aparece em sétimo lugar no ranking de perdas provocadas por crimes, atrás apenas de Índia, Marrocos, México, África do Sul, Turquia e Tailândia.

No Brasil, os roubos provocaram prejuízo equivalente a 1,62% das vendas do varejo, num total de US$ 2,2 bilhões (R$ 3,8 bilhões). Em todo o mundo, as perdas chegam a US$ 114,8 bilhões (R$ 197 bilhões), o que representa 1,43% das vendas. Na comparação com 2008, houve aumento de 5,9% das perdas mundiais.

O número leva em consideração roubos e também perdas causadas por falhas processuais, como erros contábeis. Excluindo as falhas, mas incluindo na conta os recursos investidos em prevenção aos roubos, os gastos do comércio mundial em 2009 chegaram a US$ 120,5 bilhões (R$ 208 bilhões).

No Brasil, o custo dos crimes contra o varejo somado aos investimentos em prevenção chegou a US$ 2,1 bilhões (R$ 3,6 bilhões) em 2009, 0,74% maior do que o de 2008.
A pesquisa foi realizada em 41 países, onde 1.069 empresas responderam ao questionário. Em 38 nações houve percepção de aumento nos roubos no varejo. As maiores altas foram registradas na Eslováquia (9,8%) e na África do Sul (8,2%).

O Brasil aparece em 15º lugar no ranking do número de comerciantes que relataram aumento dos prejuízos em cada país, com 37,5%. O maior percentual de varejistas que observaram crescimento do número de roubos está na Itália (54,2%), seguida por África do Sul (52,6%) e Estados Unidos (51,7%).

Um terço dos varejistas de todo o mundo acredita que o aumento do número de roubos praticados por clientes tem relação com a crise econômica mundial. Na América Latina, o percentual é de 37,1%, mas na América do Norte chega a 47,5%.

Na América Latina e América do Norte, o principal problema são os roubos praticados por funcionários, enquanto nas demais regiões pesquisadas (Europa, Ásia-Pacífico e Oriente Médio-África), o maior volume de perdas é causado por roubos praticados por clientes.
No Brasil, 41,2% dos prejuízos foram causados por funcionários, somando US$ 941 milhões (R$ 1,6 bilhões). Roubos realizados por clientes representaram 33,8%, das perdas e o restante é atribuído a fornecedores (8,2%) e erros internos (16,8%).

Apesar do aumento do número de roubos, a crise econômica levou os comerciantes a gastarem menos este ano na prevenção aos roubos. Os gastos nos 12 meses encerrados em junho de 2009 foram de US$ 24,5 bilhões (R$ 42,5 bilhões), uma queda de US$ 930 milhões (R$ 1,6 bilhões) na comparação com o ano anterior. No Brasil, os gastos em prevenção às perdas somaram US$ 293 milhões (R$ 508 milhões).

Em 2009, 5,8 milhões de pessoas foram flagrados roubando pelos varejistas em todo o mundo, 500 mil a mais do que no ano anterior. Desse total, 85,6% eram clientes e 14,4%, empregados.
As mercadorias mais visadas são roupas e acessórios, cosméticos, alimentos, CDs, DVDs e produtos eletrônicos.

Fonte: BBC Brasil/ O Globo

Varejo redobra atenção para evitar perdas de R$12,3 bilhões

sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Redes varejistas querem minimizar o prejuízo de perdas com furtos, roubos e quebra de produtos que podem aumentar durante as vendas de Natal, pois ao ano o comércio amarga cerca de R$ 12,3 bilhões nessa área.

Nos meses de novembro e dezembro, quando o movimento no comércio chega a ser o dobro do do terceiro trimestre do ano, o risco de perdas com furtos, por exemplo, costuma aumentar, segundo estima Fábio Oliveira, gerente de contas da Kaizen Institute do Brasil. Para reduzir esses prejuízos, uma tendência que ganha cada vez mais adeptos no setor é a de buscar melhorias nos programas de administração e prevenção de perdas de produtos, o que tem chamado a atenção de redes como Lojas Berlanda, Cooperativa de Consumo (Coop) e Arezzo, entre outras.

Conta da Accenture Consultoria aponta que, no Brasil, apenas no varejo de eletrônicos perde-se cerca de R$ 1 bilhão por ano com avaliação, reparo, reembalagem, reposição de estoque e revenda de mercadorias devolvidas pelos consumidores, devido à falta de políticas de prevenção de prejuízos. "Mesmo o pequeno varejista pode implantar um programa de gerenciamento de perdas em sua empresa. Claro que nem todos têm condições de contratar uma assessoria para isso, mas é preciso manter um controle da operação, porque muitas vezes a empresa não está pronta para atender à demanda que aumenta em épocas de grande sazonalidade", diz Fábio Oliveira, do Kaizen Institute.

Para Nilson Berlanda, dono das lojas Berlanda, que atua também com eletroeletrônicos, é importante fazer controle rígido dos produtos que a loja recebe e vende, principalmente nos últimos meses do ano, quando o fluxo de mercadorias no estoque aumenta. "Isso ajuda a reduzir as perdas, mas quando chega janeiro fazemos uma liquidação de mostruários e outros produtos com pequenos defeitos."

De acordo com a pesquisadora do Programa de Administração do Varejo (Provar) Patrícia Vance, para o varejsta se prevenir contra as perdas é preciso estudar os processos logísticos do ponto-de-venda e mapear os pontos onde há risco de prejuízos. "Não adianta só investir em pessoas. É preciso pensar em procedimentos que dificultem o surgimento de fraudes, furtos e quebras."

Especialistas estimam que os comerciantes percam, em média, 2,05% do faturamento anual com quebra de produtos e perdas de mercadorias. O estudo "Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro", do Provar, feito em parceria com a Felisoni Consultores Associados e com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), junto da Nielsen, mostra que as empresas investem 0,63% do faturamento líquido em medidas para evitar prejuízos.

Entre as iniciativas estão o uso de critérios mais rigorosos no recrutamento e seleção de pessoal; treinamentos para prevenção de perdas e a comunicação com os colaboradores por meio de mural de avisos, jornais, revistas, artigos institucionais.

Cooperativa

Para diminuir os prejuízos com quebras e furtos a Cooperativa de Consumo (Coop) implantou há seis anos um programa de prevenção de perdas pelo qual os funcionários são treinados para evitar desperdícios, além do aumento da segurança e do controle dos processos, contou ao DCI Ricardo Miranda, responsável pelo programa na rede, e que diz já ter reduzido em 25% os prejuízos da Coop. "Há três anos a Coop está com índice de perdas em torno de 1,55% , número abaixo da média do mercado", afirmou ele.

Calçados

A Arezzo, uma das maiores redes de calçados e acessórios da América Latina, com 247 franquias, também aposta em novas estratégias para reduzir suas perdas e fidelizar clientes. De acordo com Fábio Figueiredo, gerente nacional de Franquias da marca, está em experiência na cidade de São Paulo um modelo de reposição das lojas a partir de um estoque alocado, que fica na unidade da Rua Oscar Freire. "O projeto já está fazendo sucesso. No caso de uma eventual ruptura da franquia, é possível consultar esse estoque: não ganhamos dinheiro com isso, mas ganhamos o cliente", explicou o executivo.

A estratégia dará mais flexibilidade e eficiência ao franqueado da rede, já que a Arezzo trabalha com modelos e coleções padronizadas e as expõe em um show- room para que cada loja faça seus pedidos. "O objetivo é vender no showroom e não ter reposição, só no caso de produtos básicos", diz.Rigor na contratação de funcionários e melhor treinamento das equipes poderão minimizar as perdas de redes como Berlanda, Cooperativa de Consumo (Coop) e Arezzo.

Fonte: DCI

Prevenção de perdas: eu preciso de inventário terceirizado?

Quinta, 04 de Fevereiro de 2010 
Quando falamos de prevenção, a palavra nos remete, talvez, ao termo ‘cautela’. Podemos entender que tal cautela pode ser tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Vamos abordar aqui especialmente o aspecto corporativo, onde a cada dia, a competição acirrada nos faz buscar alternativas para prevenir erros, elaborar melhores estratégias e alcançar resultados. Posso garantir que ainda não há nada milagroso que possa, com pouco esforço e em pouco tempo, gerar grandes benefícios. No entanto, podemos voltar ao cerne da questão: prevenção das perdas. Assim, chegaremos às razões pelas quais você perceberá que precisa – e muito – de um inventário terceirizado.

Pensando em modo geral, falamos em margens cada vez mais limitantes nos negócios que deixam pouca massa de manobra para qualquer executivo – e toda equipe – ter a oportunidade de erros, de quaisquer proporções. Especialmente no varejo. Pensando em alternativas para ir além das margens e ainda sim, apresentar melhoria de resultados, iniciou-se em meados de 90 a política de Prevenção de Perdas no Brasil, advinda da experiência nos EUA com resultados de excelência em suas práticas no varejo americano. Deste então, grandes varejistas brasileiros têm investido no setor para minimizar suas perdas operacionais, rever processos, treinar e reciclar equipe, elaborar meios de prevenir furtos internos e externos, aperfeiçoar técnicas de segurança e demais atividades que envolvam toda cautela com os produtos estocados.

Atualmente, falamos de prevenção de perdas em diversos segmentos, não se limitando somente ao mercado alimentício, como em princípio, mas sim, em farmácias, atacados, mercearias, supermercados de todo tamanho, hortifruti, lojas de departamento, materiais de construção, operadores logísticos, papelarias e muitos outros. Onde há estoque, há necessidade de monitoramento, controle e melhorias constantes.

De acordo com a 9º pesquisa de Avaliação de Perdas no Varejo do GPP/ PROVAR (Grupo de Prevenção de Perdas), 2,05% do faturamento líquido das empresas em 2008 foram perdidos em razões desconhecidas. Muitas delas são operacionais, dependem de treinamento ou que previnam erros rotineiros.

Ou seja, num exemplo, estamos falando da situação em que uma loja, com faturamento líquido de R$ 80.000,00 em período X, perde, sem saber, aproximadamente R$ 1.640,00 em erros de processos internos durante tal período. Isso nos leva a tomada rápida de uma decisão: buscar ferramentas para PREVENIR essas ocorrências e monitorá-las radical e diretamente. O acumulado em 1 ano reflete em perdas de quase R$ 20.000,00 no lucro líquido. Traduzindo: você está perdendo dinheiro!

Para que este controle possa ser realizado, sugiro que o responsável por esta tarefa primeiramente estude e consulte – além do sistema da loja – a estimativa de peças que se tem no negócio. É importante que se identifique os possíveis meios por onde se escoem os lucros. Mesmo assim, ainda falta uma importante ferramenta para diagnosticar as causas. Para maior precisão, vamos uma etapa fundamental: contagem do estoque. Esta contagem pode ser entendida pelo termo ‘inventário’.

O inventário passou a ser uma ferramenta para análise de diversas áreas na empresa, além de prevenção de perdas, como compras, operações, logística, financeiro, contabilidade entre outras mais.

Muitos varejistas me dizem: ‘eu vivia sem o inventário – balanço, no dito popular – até ontem, por que preciso realizá-lo agora?’ E eu explico: somente com a contagem apurada do estoque, é possível saber quanto realmente se tem; quanto só está no sistema e fisicamente já não mais existe; erros de processo, cadastramento, de fornecimento, ajustes indevidos, enfim, gerar ações preventivas para evitar o escoamento da receita. A partir daí, é possível gerar diversas ações, elaborando normas internas, políticas, acompanhamento destes indicadores e aprimorando conhecimentos do negócio.

Para uma empresa começar a se preparar para realizar um inventário, sugiro alguns passos internamente antes contratação do serviço:

- Arrumação: Arrumar o local (loja, depósito, CD) não somente para o inventário, mas também para melhorar o desempenho no dia-dia. Uma boa arrumação por códigos nas gancheiras, por exemplo, ajuda tanto clientes durante a compra quanto repositores, evitando o erro de colocar um produto no local inadequado. Produtos arrumados por pallets no depósito ajudam o rápido abastecimento da gôndola, sem deixar ‘buracos’ perceptíveis. Invista tempo e treinamento na arrumação tanto para o dia-dia e especialmente para o inventário. Certamente, um local com estocagem organizada e arrumada, refletirá em seu resultado de contagem.

- Estimativa de peças: Busque dados, investigue as quantidades no sistema, questione operações, gerente, compras. É importante que se tenha um número norteador para iniciar um projeto de inventário e melhorar os indicadores a partir de então.

- Confira codificações: Todos os produtos estão codificados? Todos com códigos de barras? Se não, os códigos internos são visíveis, de fácil acesso e estão corretamente inseridos no sistema? Analise com antecedência se tudo que é comercializado/ movimentado tem seu código atrelado. Caso você tenha dificuldades em codificar produtos, endereçá-los, transformá-los em códigos de barras, saiba que existem empresas que promovem soluções para isso.

- Dedique toda concentração para exercer este trabalho: Sugiro que haja programação para realizar o inventário numa noite, por exemplo, assim, você não perderá vendas e poderá dedicar concentração e acompanhamento a esta atividade. Procure realizar inventário após ter feito devoluções e cortes, assim, o volume para contagem será menor e o processo ocorrerá com maior agilidade e transparência.

- Cadastro de produtos: Para realização de um inventário terceirizado, é importante saber que trabalha-se com o cadastro de produtos do cliente. Esta base de informações será confrontada a cada ‘bip’ de produto, garantindo assim que tudo o que for visualizado, será coletado eletronicamente com agilidade e segurança, sem inversão de códigos, digitação de produtos que não estão fisicamente. Depois de finalizadas estas etapas, você já tem toda condição para contratar um inventário imparcial, rápido e seguro para prevenir suas perdas.

Terceirizar esta atividade proporcionará segurança com total isenção de resultados num processo tão criterioso e essencial. O projeto de inventário terceirizado pode ser desenvolvido a todo tipo de cliente, necessidade, tamanho e estrutura.

Tatiane Silva é Gerente Comercial de Novos Negócios Wis/ Boucinhas & Campos Inventários - tatiane_silva@wisbbc.com.br

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Supermercados perdem R$ 7,9 bi em produtos

O nível de perdas de mercadorias nos super e hipermercados do país é mais do que o dobro do lucro obtido pelas varejistas. A conclusão é de um estudo inédito da revista Supermercado Moderno, que integra o 39º Relatório Anual do setor, realizado pela publicação. O maior problema está relacionado à falta de qualificação da mão de obra no manuseio de produtos alimentícios, bebidas e itens de higiene, limpeza e beleza.

Foram pesquisadas 11.358 lojas em todo o país, entre hiper e supermercados. Esse universo representou 85% do faturamento do setor em 2009, que foi de R$ 181,2 bilhões. Em relação a 2008, houve crescimento real de vendas de 8,4%. O lucro líquido do setor foi de R$ 3,2 bilhões, o equivalente a 1,77% do faturamento total. "O avanço foi mínimo em relação ao ano de 2008, quando o lucro significou 1,75% do faturamento", diz Valdir Orsetti, responsável pela pesquisa. "Por mais que os varejistas procurem reduzir custos fixos para aumentar a margem de lucro, o problema das perdas persiste."

Segundo a pesquisa, as perdas somam o equivalente a 4,43% das vendas totais, ou R$ 7,9 bilhões. Se esse montante fosse reduzido pela metade, o nível de perdas dos super e hipermercados brasileiros chegaria a 3,94% do faturamento, diz Orsetti. "Com isso, o país chegaria próximo do 'bechmark' europeu (4%) e americano (3%)", diz.

A pesquisa também mostrou que o Walmart foi a empresa com maior crescimento real de vendas (sem considerar aquisições) em 2009 , de 10,8%, seguida de Carrefour (8,5%) e Grupo Pão de Açúcar (6,4%). O estudo só considera a venda de alimentos e aponta o Carrefour como líder em receita. (DM)

http://www.valoronline.com.br/?impresso/empresas/95/6225185/supermercados-perdem-r-7,9-bi-em-produtos&scrollX=0&scrollY=494&tamFonte

Manual de Prevenção de Perdas – Frente de Caixa – Resumo

abril 19th, 2010
Este resumo do Manual tem como objetivo orientar Diretores, Gerentes de Lojas e líderes da Frente de Caixa abordando as principais ações a respeito de Prevenção de Perdas na Frente de Caixa de Supermercados. Com isso garantir o aumento da lucratividade e competitividade das empresas deste setor.

Os riscos na Frente de Caixa podem se dividir em três classes: pequenos, médios e grandes.

Nossa experiência já identificou por diversas vezes grandes perdas neste setor, muitas delas comprometendo a perenidade da empresa. Portanto, não podemos descartar a sua importância dentro do Supermercado, devemos tratá-la de forma especial.

A RTC Consultoria se fundamenta em quatro etapas para elaborar o planejamento estratégico do setor:

Análise e avaliação dos riscos;

Identificação das alternativas de ação;

Elaboração do programas de prevenção de perdas;

Execução e controle das medidas de segurança adotadas. Política da Empresa

Além destas etapas a RTC Consultoria dispões de profissionais especializados com grande experiência em Prevenção de Perdas adquiridos na prática de Hipermercados e Supermercados modelos.

Segue alguns tópicos abordados pelo Setor de Prevenção de Perdas na Frente de Caixa:

O Código de Ética – O Código de ética é um instrumento que busca a realização dos princípios, visão e missão da empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. O conteúdo do código de ética é formado de um conjunto de políticas e práticas específicas, abrangendo os campos mais vulneráveis. Este material é reunido em um relatório de fácil compreensão para que possa circular adequadamente entre todos os interessados. Este documento que servirá de parâmetro para determinados comportamentos, tornando claras as responsabilidades.

Conscientização da equipe de Frente de Caixa das ações desenvolvidas pela empresa e seu colaboradores com o objetivo de reduzir todos os tipos de perdas do setor.

Devolução de produtos de clientes deve-se atentar para que o produto devolvido entre novamente no estoque lógico da loja, mesmo que depois seja transferido para Troca ou Quebra.

Troca de Produtos de clientes – Na troca pelo mesmo código, devemos apenas substituí-lo e depois transferir o produto para troca ou quebra. No caso de troca por outro produto considerá-lo como se fosse uma devolução de produto. Normalmente emite-se um vale no valor do produto trocado para que o cliente passe novamente pelo caixa e registre o produto.

Sangria nos caixas – Devem-se elaborar parâmetros de valores e ou tempos para sangrar os caixas, evitando assim que grandes quantias fiquem no caixa e inibindo a cobiça de ladrões, protegendo clientes e a equipe de Frente de Caixa.

As cancelas dos caixas inoperantes devem permanecer sempre fechadas, dificultando a passagens de produtos furtados e reduzindo a área de controle.

Caixas exclusivos para funcionários – Determinar estes caixas, normalmente deve-se escolher os que ficam em frente do balcão dos Fiscais de Caixa, justamente para facilitar a visão dos mesmos.

Execução de caixas surpresas – Devem-se realizar constantemente caixas surpresas para verificação de diferenças nos caixas.

Cancelamento de item – Todo cancelamento de item deverá gerar um documento na qual o Operador de Caixa e Fiscal de Caixa informem o motivo do cancelamento do item. Este documento deve ser assinado por ambos.

10. Cancelamento de cupom – Todo cancelamento de cupom deverá gerar um documento na qual o Operador de Caixa e Fiscal de Caixa informem o motivo do cancelamento do item. Este documento deve ser assinado por ambos.

11. Conferência do troco, tanto dos Operadores de Caixa como Fiscais de Caixa, quando os mesmos usam trocos exclusivos.

12. O cofre da Tesouraria deve ser “batido” esporadicamente, analisando criteriosamente os papéis ou documentos que substituem o numerário, esses documentos devem ser verificados quanto a sua autenticidade e legalidade.

13. Atenção aos procedimentos para evitar notas de dinheiros falsas.

14. Conferência dos produtos carregados para entregas em domicilio, conferindo o físico x Cupom Fiscal.

15. Conferência das etiquetas impressas pela loja de produtos pesados. Em caso de dúvida repesar, em caso do produto descrito na etiqueta não coincidir com o produto fisicamente pedir para o Empacotador repesar com o código correto.

16. Treinamento dos Operadores de Caixa quanto à correta identificação dos produtos pesados nos caixas, exemplo o Hortifruti.

17. Orientação e ou determinação para que o Operador de Caixa não atenda parentes ou familiares no seu caixa.

18. Omissão de registros conluio entre Operador de Caixa com Clientes pode dizer que este é o tópico mais preocupante da Frente de Caixa, pois requisita uma atenção especial da equipe de Prevenção de Perdas.

19. Bloquear as gavetas dos caixas para não abrirem sem o cartão do Fiscal de Caixa.

20. Alterar periodicamente as senhas dos cartões das Fiscais de Caixa.

21. Fechar o caixa quando o operador sair para seu horário de descanso.

22. Recebimento de cheques fora da normatização do Supermercado, limites, alíneas, restrições, etc.

23. Trocas de dinheiro por cheques – fraude

24. Atenção quando o cliente passa o carrinho para verificação de produtos que passaram sem registro.

25. Espelhos para facilitar a visualização do carrinho de compras do cliente quando passa pelo caixa.

26. Após o último registro pergunta ao cliente se falta algum produto para ser registrado.

27. Ao receber o pagamento de dinheiro o deixa fora da gaveta guardando apenas após ter entregado o troco para o cliente.

28. Atenção e calma ao cobrar as compras e o cliente ajudar no troco, trocando o valor da nota e induzindo um Operador de Caixa ao erro.

29. Verifica se o cliente desistiu de algum produto e solicita ao empacotador que efetue a devolução.

30. Direciona as câmeras do CFTV estrategicamente, para os caixas das pontas, que normalmente são as mais vulneráveis.

31. Verifica se dentro de panelas, jarras, etc. existem outros produtos que não foram registrados.

32. Grandes volumes devem ter apoio do Fiscal de Caixa, ou da equipe de Prevenção de Perdas para auxiliar na contagem e registro dos produtos.

33. Procurar posicionar o último ou primeiro caixa, dependendo da posição do operador no caixa, para que raramente fiquem caixas vazios nas costas do último ou primeiro operador.

34. Em caso de pagamento com cheque solicita o RG e confere com o cliente que esta efetuando a compra.

35. Verifica se o cliente desistiu de algum produto e solicita ao empacotador que efetue a devolução, atenção aos produtos perecíveis abandonados na Frente de Caixa.

36. Devolução constante de produtos abandonados na Frente do Caixa.

37. Não é permitido receber gorjetas ou presentes. Dias comemorativos dependem da autorização da Diretoria.

38. Sistema de Interface ponto de venda com CFTV,

39. Etiquetas eletrônicas

40. Mensagens Dissuasivas

41. Guardas secretos

42. Cliente anônimo

43. Guardas Uniformizados

É importante a realização de treinamentos de conscientização sobre perdas e conceitos de prevenção para os funcionários, bem como treinamentos específicos antes de implantar cada ação. Criação de um grupo de prevenção de perdas em cada loja para auditar o cumprimento das ações definidas, mensurarem as perdas através de inventários gerais ou rotativos, analisando resultados para gerar novas ações preventivas, formando um ciclo de melhoria contínua.

Maurício Soerensen – Consultor RTC